domingo, 14 de outubro de 2012

Assembleia Municipal delibera freguesia de Raimonda

Na passada sexta-feira, a Assembleia Municipal esteve reunida para deliberar o novo mapa de freguesias do concelho. Das dezasseis freguesias, Paços de Ferreira vai passar a ter doze, para o processo ficar concluído apenas falta que seja aprovado na Assembleia da República. No entanto o processo não foi nada pacífico, depois de muitas reúniões preliminares havia três hipóteses em cima da mesa para Raimonda, anexar Codessos, anexar Lamoso e Codessos, ou então ficar tudo como estava. Joaquim Costa, actual presidente de Junta, deu início a um trabalho partidário intenso para que Raimonda pudesse anexar outra freguesia, isto porque só desta forma poderia voltar a ser candidato a presidente de Junta. A limitação de mandatos a que está sujeito deixaria de ser válida porque este princípio apenas se limita a um determindo território. Horas antes de ter lugar a Assembleia Municipal, havia um "acordo de cavalheiros" para que Raimonda anexasse Codessos, só que Joaquim Santos, atual presidente de junta de Sanfins conseguiu que Lamoso e Codessos ficassem anexados a Sanfins, ultrapassando claramente o seu colega de partido de Raimonda. Joaquim Costa, com falta de peso político evidente, esta Assembleia Municipal assim o demonstrou, viu-se forçado a aceitar uma decisão para a qual não estava preparado. Ao longo das últimas semanas, Joaquim Costa tinha encetado contactos com pessoas de Raimonda e Codessos para dar início a uma pré-campanha tendo em conta as próximas eleições autárquicas mas, após o ocorrido na última sexta-feira, estas intenções caíram por terra. Após ter sido alvo desta enorme derrota política, fontes próximas do actual presidente de Junta de Raimonda foram confessando que Joaquim Costa não estaria disponível para ajudar o PSD na elaboração de uma lista do PSD nas próximas eleições e muito menos colaborar com o próximo candidato. Pelo que se pode aperceber a relação entre o presidente de Junta de Raimonda e o presidente de Câmara, Pedro Pinto, ficaram muito enfraquecidas o que se consegue perceber pela derrota imposta a Joaquim Costa.
De realçar a falta de informação em todo este processo de reorganização administrativa, a população não teve acesso e muito menos foi chamada a pronunciar-se. É certo que os eleitos estão à frente das instituições para "governarem" mas em assuntos de tamanha importância o povo deveria ser chamado a dar a sua opinião, mais uma vez isso não aconteceu...
Durante as próximas semanas é certo que muitas novidades deverão surgir em relação aos candidatos às freguesias, Raimonda não será exepção. PS e PSD, partidos principais no concelho, têm agora muito trabalho pela frente...

terça-feira, 18 de setembro de 2012

De quem é a culpa?

Crise, palavra famigerada dos últimos dias, meses e anos...


Há demasiado tempo que esta palavra não nos sai da vista, dos pensamentos, das conversas e sobretudo do bolso. Muitos já se devem ter questionado sobre a origem de toda esta situação, quem foram e quando começou? A resposta é relativamente simples mas, e de quem é a culpa? É certamente deste povo de brandos costumes à beira mar plantado que continua a apostar nos mesmos cavalos de corrida. Ora o PSD (em algumas situações aliado ao CDS) ora o PS, os últimos governos têm sido um autentico desastre. Em 1986, com a entrada para a então C.E.E. Portugal iniciou um "apogeu de descalabro". Quero com isto dizer que nenhum político de topo e com capacidade, com visão, conseguiu amealhar/poupar para que não chegássemos a esta situação. É fácil criticar agora. Enquanto o tempo era de vacas gordas, tudo era possível, políticos a acumular cargos públicos com privados, familiares e amigos nos lugares de chefia, criação de funcionários públicos para satisfazer a clientela partidária, favores e mais favores, quase todos se apoderaram do que é público para proveito próprio. Do mais pequeno ao maior, da esquerda à direita, os políticos foram deixados em liberdade, e o povo sempre a ver e autorizar. É evidente que existem exceções, mas a grande maioria destes políticos (e falo de todos os que "roubaram" o povo, falo dos políticos de Lisboa e os dos provincianos, mesmo aqui ao nosso lado), usurparam aquilo que deveria ser de todos. Apesar deste desabafo continuo a achar que a maior culpa é de todos os portugueses que continua e deliberadamente foram votando nas mesmas crenças. O voto é secreto mas é manipulável, só agora é que emerge um despertar de consciências, mais vale tarde do que nunca.

Por cá, o que é que os nossos políticos têm feito para ajudar os seus fregueses? enquanto havia dinheiro e "tachos" para distribuir era fácil, agora que todos nós precisaríamos de lideranças fortes, apenas se houve promessas infundadas, e houve-se sempre a mesma desculpa, "não há dinheiro o governo é que tem culpa". Pois mas para o que servem os políticos locais se não são capazes, nem perspicazes, em ajudar as suas gentes... estaremos bem servidos? é para continuar a aposta ou será preciso mostrar a nossa indignação? Isto assim não pode continuar, é preciso mudar!



sábado, 25 de fevereiro de 2012

Reorganização Administrativa

O tema já foi discutido neste ciberespaço há cerca de um ano. Na altura a informação era insuficiente e as opiniões muito pouco sólidas. O tema vai sendo, cada vez mais, assunto de conversa entre a população mas a informação é escassa. A Câmara Municipal dispõe de um gabinete de esclarecimento e discussão, mas como sempre nestas coisas, o poder político não está muito interessado em que o assunto seja discutido. É necessária mais informação/discussão e sobretudo que as populações se envolvam. Pelo que se sabe, a única freguesia do concelho a não sofrer alterações é Freamunde, as restantes vão ser alvo de alterações relativas ao seu território. Se no passado muitas freguesias estiveram em “guerra” por causa de meia dúzias de metros quadrados pelas limitações de território, não se adivinha uma discussão fácil. Quais as freguesias a serem "absorvidas", que novo nome dar, o que fazer aos equipamentos existentes que se irão duplicar, mais, estarão as populações preparadas para estas alterações, estarão os presidentes de Junta à altura deste desafio, o que vai mudar em termos de organização social, política, religiosa, etc. … muitas são as questões e pouco se sabe ainda. No caso de Raimonda, se se juntar a Figueiró, é o suficiente para atingir um dos principais critérios, as duas freguesias juntas passariam a ter 5080 habitantes, mas existe a possibilidade se Codessos e Lamoso também se juntarem. Na próxima quinta-feira, 1 de Março, a Assembleia da República vai discutir a proposta de lei governativa 44/XII, contudo também cabe a todos nós, cidadãos, pronunciarmo-nos sobre este assunto, não deixe de dar aqui a sua a sua opinião.