Centro Escolar inaugurado

Hoje foi um dia diferente para os alunos da Escola Básica 1 de Raimonda. Não só pelo início de ano lectivo mas essencialmente por estrearem a escola nova. Inaugurado ontem, o Centro Escolar de Raimonda está finalmente em funcionamento. A presidir à cerimónia esteve o Presidente de Câmara Municipal, Pedro Pinto, ladeado por uma extensa comitiva com ligações à autarquia, ao agrupamento de Freamunde e DREN. O sucesso da iniciativa estava garantido, o sol brilhava e a tarde convidava a sair de casa para ver de perto esta importante obra para a freguesia. Ainda antes de chegarem os forasteiros e entidades oficiais, já rolavam os maiores protagonistas da tarde, eram três ou quatro, não sei ao todo, mas lá estavam, envoltos em brasa e molho picante, a afluência de gente estava garantida, a promessa estava feita e, neste caso, foi cumprida. Festa/inauguração em Raimonda que envolva a Junta ou Câmara Municipal é sinónimo de porco no espeto, a tradição estava, portanto, assegurada. Para além das inúmeras salas, o Centro escolar dispõe ainda de um pavilhão, uma cantina com cozinha e um vasto parque para as crianças brincarem. Apesar de ter cozinha, as refeições vão continuar a ser garantidas pelo centro social, como até aqui, só que os alunos não têm de se deslocar da escola nem ter actividades extras na Junta de Freguesia, está tudo concentrado no mesmo espaço, o que tranquiliza e facilita a vida aos pais das crianças. Resta apenas esperar que a comunidade escolar saiba usufruir deste espaço, para o bem de todos mas essencialmente para os alunos, que possam construir as primeiras bases de uma vida duradoura e plena de sucessos.

15 anos depois...

No ano de 1996, não se falava em crise, Portugal caminhava com ventos favoráveis. A selecção portuguesa fora eliminada do Euro 96 pela República Checa com um golo, ainda hoje nas nossas memórias, de Karel Poborský; Jorge Sampaio era eleito Presidente da República pela primeira vez , Lúcia Moniz consegue a melhor classificação de sempre no festival da Eurovisão…. Em Raimonda, o que mais significativo ocorreu foi a vinda de um novo pároco. Luís Manuel Leão de Brito, jovem pároco, (já exercia em Sousela) acabava de ser nomeado, pelo Bispo D. Júlio Tavares Rebimbas, Padre da nossa paróquia passando a exercer a partir de 15 de Setembro de 1996. Quinze anos passaram, o jovem Padre chega a uma paróquia ainda abalada por um triste episódio com o anterior colega e com um vazio sacerdotal colmatado sempre que possível pelo bondoso e esforçado Padre Vieira. Com um estilo próprio, cedo impôs a sua performance ficando a perceber-se que para ele o colectivo é mais importante que o individual. Ao longo dos anos algumas “ovelhas” foram deixando o rebanho por descontentamento com o “pastor”, o caso mais significante aconteceu há bem pouco tempo e as marcas ainda são visíveis… mas mais uma vez o Padre Brito não se deixou intimidar fazendo prevalecer a sua velha máxima do bem estar colectivo em vez de interesses pessoais (da bancada, é assim que interpreto os acontecimentos). Neste momento, o Padre Brito enfrenta a sua maior batalha, falo da construção do centro de dia. Sonho antigo que passou a necessidade, é hoje uma (quase) realidade, falta ainda muito caminho, mas ao seu estilo, melhor ou pior, goste-se ou não, o Padre brito irá levar ao fim este projecto colectivo. Quinze anos é muito tempo, dá para tirar várias conclusões, para si como classifica o pastoreio do Padre Brito?

Água e saneamento mais caro do país!

E agora? Como desmentir esta notícia? Durante imenso tempo o "pingue-pongue" do argumento era esvaziado quer pela Câmara/AGS, quer pela Oposição/Movimento 6 de Novembro em contradições constantes. O facto é este, no nosso concelho pagamos a água mais cara do país. O estudo foi realizado pela Entidade Reguladora dos Serviços e Resíduos e divulgado pelos órgãos de comunicação nacional. Neste novo arranque após férias, esta notícia não ajuda em nada, arrasta consigo um factor psicológico negativo. Todos os dias ouvimos falar na crise, ela existe, ela persegue-nos, temos de ter a capacidade de ultrapassar todas estas adversidades… O que aqui se impõe é saber, afinal, quem falou a verdade durante estes anos todos? A questão da água sempre foi um assunto polémico, foi até motivo de uma manifestação nunca vista em Paços de Ferreira, em vésperas de eleições autárquicas, em frente aos passos do concelho, apesar disso o povo perdoou e voltou a dar o seu voto de confiança nesta Câmara. O povo é soberano, sempre foi, não pode é dizer uma coisa e fazer outra. Muitos são os que reclamam e nada fazem para defender os seus direitos, inclusive criticam aqueles que lutam pelo bem comum, estranho! Neste arranque de mais uma temporada de assuntos em discussão, gostaria que deixasse a sua opinião sobre este tema da água.