quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Obras particulares/públicas

O tema desta vez não traz foto associada por não querer ferir susceptibilidades. No entanto, não posso deixar de trazer a público esta questão que tem ocorrido na nossa freguesia. Verifico a execução de algumas obras, nos últimos anos, de beneficiação em locais privados e ainda de obras em locais públicos que só beneficiaram uma família, sem haver reais contrapartidas ao erário público, que justifiquem as mesmas. Obviamente que não sou contra as obras, sou é totalmente contra que as mesmas tenham sido feitas com dinheiros públicos. Existem alguns casos gritantes na nossa freguesia, um dos mais ridículos passou-se em Parada, onde um caminho de acesso a privados era tema de divergência entre vizinhos. O problema entre esses vizinhos não tinha solução, ambos reivindicavam a "posse" do caminho pelo acesso que dava, a solução foi de realizar obras nos terrenos/muros/portões dos particulares para resolver o acesso e as divergências, só que o dinheiro utilizado foi proveniente dos nossos impostos, nada mais injusto! Ao privado o que é privado e ao público o que é público, esta é verdade "La Palice" e da qual todos devemos defender intransigentemente.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Festas de S. Pedro 2011

A nova Comissão de Festas de S. Pedro 2011 já está no terreno a trabalhar. Como é sabido, instituiu-se a ideia de que os raimondenses que fizerem 50 anos no ano da festa seriam automaticamente convidados a serem festeiros desse ano. A ideia parece-me excelente, visto que todos anos se consegue arranjar uma equipa, com mais ou menos elementos, não correndo o risco de a festa não se realizar. As festas fazem parte da nossa cultura e todos devemos ajuda-la a ser preservada. Para os mais variados efeitos, foi criada uma associação legal há cerca de 3/4 anos, com direito a estatutos, para autorizar os festeiros a realizarem as suas iniciativas assim como poderem candidatar-se a subsídios, poderem passar recibos, poderem ter acesso a contas bancárias e cheques, etc. E é aqui que se dirige a minha primeira reflexão pós férias. Em 99% das associações em Portugal, quem toma posse para um novo mandato, passa a ter a autonomia e a responsabilidade na gestão da actividade dessa mesma associação durante o tempo para o qual está autorizado, quem não está eleito ou findou o seu mandato é obrigado a retirar-se dessas responsabilidades. Isto seria o normal e o esperado mas, em Raimonda, os actuais festeiros e todos os que já fizeram a festa após ser criada a Associação, para poderem aceder a contas bancárias, para poderem contratar artistas e empresas para as festas, têm de pedir autorização aos sócios fundadores. Na prática quem trabalha são os festeiros que ano após anos são substituídos mas, quem manda, quem atribui poderes são os sócios fundadores, isto é são sempre os mesmos. Esta situação é lamentável porque limita não só o trabalho dos festeiros como limita a liberdade e imaginação das equipas que a cada ano vão realizando as festas em honra a S. Pedro. Quem criou a Associação e consequentemente os estatutos, ao colocar esta "clausula", sabia o que estava a fazer, agora eu, como pensador livre e consciente só posso repudiar esta tentativa "encapotada" de controlar a actividade dos festeiros. Lamento profundamente que em Raimonda, em pleno Sec. XXI ainda existam ramificações salazaristas!