terça-feira, 1 de março de 2011

Futura Casa da Cultura?

No lançamento da primeira pedra, do novo centro escolar de Raimonda, estávamos em Julho de 2009 e em plena campanha para as eleições autárquicas, foi dito que após a entrada em funcionamento deste novo edifício, as actuais escolas iriam ficar livres e ao serviço da freguesia. O objectivo é que a Escola Primária, actualmente com 54 anos de existência, passe a ser a "Casa da Cultura". A ideia, e a intenção, parecem-me excelentes, no entanto existem alguns reparos que não posso deixar de fazer. Em primeiro lugar o edifício precisa de obras, obras estas de conservação, melhoramento e de adequação para as novas valências. No entanto, as minhas reservas vão para a concretização, na integra, desta promessa. Tendo em conta o histórico cultural do executivo raimondense, desconfio que a promessa fique em vão. Desde que foi eleita quantas iniciativas culturais esta Junta promoveu? Neste âmbito, a Câmara Municipal, desde sempre organizou eventos culturais, ultimamente tem promovido os "ciclos da cultura", em diversas freguesias se pode assistir a espectáculos culturais (e diga-se que muitos deles com elevado nível), eu pergunto, quantas vezes é que em Raimonda assistimos a esses espectáculos? A qualidade de vida de uma terra não se mede só pelo cimento que está à vista mas também pelos índices culturais do seu povo. No concelho temos inúmeros casos de associações activas que, juntamente com as autarquias locais organizam e desenvolvem iniciativas culturais. Hoje, mais do que nunca, é preciso ocupar os jovens e fazer com que as pessoas possam conviver. A nossa freguesia em termos culturais é bastante apática. Por isso, concluo que esta intenção nada mais é do que uma promessa fortuita de quem que, simultaneamente "vestia" a pele de responsável político e de candidato. Todos sabemos que não existe estratégia política a nível cultural na nossa freguesia. Para dinamizar aquele edifício, por muito adequado que esteja, não basta atribuir-lhe o nome de Casa da Cultura, é preciso muito mais e até agora, passados tantos anos, esta Junta nada fez pela cultura, daí as minhas reservas. A ver vamos....

53 comentários:

  1. Concordo plenamente com o Pensador Raimondense!
    Pergunto também, o que se tem feito em Raimonda a nível cultural? Resposta simples: nada!!!!
    Nada porquê, talvez a resposta seja simples: não é algo visível! Fica muito melhor fazer uma infraestrutura que se veja, do que algo cultural!
    Apelo ao presidente da Junta, o homem que veste a "camisola" por Raimonda, que está na altura de começar a desenvolver algo que capte a atenção dos jovens. É pena verificarmos que as outras freguesias investem de forma a conseguirem captar jovens e a nossa, parece que faz o contrário - expulsa os jovens!
    Está na hora de mudança!

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  2. Se em nos anos em que lá estão fizeram o que se sabe, ou seja nada, não é agora que está na moda de se ter uma casa da cultura, é que esta Junta vai fazer alguma coisa. Em primeiro lugar porque já demonstrou que não tem essa aptidão, por outro não sabe, e como não sabe nada faz. É o que se pretende de uma Junta? Não! se não sabe, fora, já é tempo de dar lugar a quem faça alguma coisa por Raimonda. Os nossos jovens não se vêem, os adultos não convivem, isto é uma terra morta. Como católico que sou, acredito na ressurreição, por isso quando uma Junta está morta nada melhor do que fazer o seu enterro e esperar uma outra para fazer melhor!!!! e não vai ser nada difícil.

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  3. O Actual presidente da Junta já fez o seu papel. Dotou a freguesia de algumas infra-estruturas necessárias, caso do edifício da Junta e da capela mortuária. Deu o seu contributo, que foi válido e necessário. Fez o que lhe competia, aproveitar o tempo das "vacas gordas" e trazer para Raimonda algo de positivo. Os seus antecessores fizeram o mesmo, mas hoje, mais do que rasgar uma rua ou alcatroar outra, as necessidades da população são outras e, lamentavelmente, reconheço que o prazo deste executivos já passou. Passou porque não se adaptou às novas necessidades. Recordo-me da "guerra" que esta junta fez para que o Espaço Internet não viesse para cá, diziam eles que não era necessário e não era uma mais valia, o vereador de então insistiu, e bem, e agora temos Internet num local público. Este exemplo é para demonstrar a inadequação de quem nos comanda. O Presidente teve o seu mérito, e eu reconheço isso, mas actualmente não serve. Não querendo ser ofensivo, longe disso, mas tenho de ser coerente e reconhecer que a sua pouca formação reflecte-se na postura pouco dinâmica para as novas necessidades da freguesia. Obrigado Sr. Joaquim pelo que fez mas está na hora de dar a vaga, a vida é assim mesmo.

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  4. Concordo, em pleno com estes comentários. De há uns anos para cá regredimos em termos culturais. Tivemos, em finais dos anos 70, alguma manifestação cultural com um grupo que, entre outras coisas fez teatros junto à igreja, foram apelidados de comunistas e entretanto desapareceu. Mais tarde com a presença do Padre casimiro, ladeado por um grupo de jovens dinâmicos, muita coisa foi feita, desde escuteiros, jornal, passagem de modelos, cinema, havia muita actividade e dinamismo depois, foi o que se sabe, meia dúzia de arruaceitos "correram" com o padre. Mais recentemente, em finais da década de 90 e inícios do novo milénio, tivemos a AJIR, com teatros, espectáculos musicias, serragem das velhas, carnaval, jornal, enfim, era um grupo muito simpático com um líder dinámico. Daí para cá, zero! assistimos a um vazio cultural tremendo. Se querem dinamizar as escolas dando espaço às associações eu questiono, que associações? O Rancho tem sede, o CCRR também, a associação de pais tem, por inerência, lugar nas novas instalações do centro escolar, resta a comissão de festas. Será que estarão para nascer associações novas? Seria optimo porque com esta incapacidade actual só mesmo com novas associações ou manifestações esporádicas é que a "casa da cultura" poderá ter viabilidadde.

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  5. sim deve ser feita a casa da cultura na escola antiga

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  6. A questão que se coloca é se o povo da Raimonda quer mesmo cultura. Tenho sérias dúvidas.

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  7. Boa tarde, sou a favor da Casa da Cultura, no entanto, os primeiros comentários deste post devem ser lidos com atenção. Uma casa da Cultura só fará sentido se houver cultura!

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  8. Eu acho que mais do que criticar este ou aquele,por aquilo que fez ou não fez, gostava que dessem sugestões sobre o que seria uma VERDADEIRA Casa de Cultura em Raimonda.

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  9. Ora aqui está uma boa sugestão, porque não as entidades competentes criarem um debate alargado para se discutir esta temática. O último comentário quase que assim o sugere. A sociedade até pode dar sugestões mas elas só farão sentido se forem aproveiadas e, o Pensador, ao colocar o tema a discussão já deu algum contributo. Todos temos de estar a tentos e, na hora certa e local apropriado, dar, cada um de nós, o seu contributo.

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  10. Como aqui foi referido, este espaço deve ser usado para que os raimondenses contribuam com as suas ideias. Nesse sentido, eu sugeria que na futura "Casa da Cultura" houvesse um espaço dedicado a exposição de trabalhos realizados por artistas da nossa terra,que por vezes são esquecidos. Por exemplo, veria com agrado uma exposição dos trabalhos fotográficos do Miguel Andrade, que pelo que tive oportunidade de ver, este nosso amigo tem trabalhos de notória qualidade que poderiam inclusivé servir de exemplo aos mais jovens. Outro exemplo, são os trabalhos do nosso conterrâneo Rui Alves, já mencionados neste espaço.

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  11. PROTESTO GERAÇÃO À RASCA ,COM APOIO DOS HOMENS DA LUTA,QUE VENCERAM O FESTIVAL DA CANÇÃO,COM A CANÇÃO "A LUTA É ALEGRIA.NO DIA 12 DE MARÇO,EM LISBOA,E NO PORTO ÁS 15 HORAS.

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  12. Gostaria de lembrar ao comentarista anterior, que a corrente de protesto promovida pelo grupo "Geração à Rasca" não é apenas contra "O socialismo corrupto de Sócrates" como indica a forma como assina, mas contra todos os politicos, principalmente os pertencentes aos 2 maiores partidos ( PS/PSD ) e contra todas dezenas de milhares de tacheiros que usando do factor "C" (cunha) andam a "mamar na vaquinha gorda" (leia-se Estado). Só assim faz sentido e tem todo o meu apoio. Não vale apena combater um Sócrates rosa se sabemos que vai ser substituído por um Sócrates laranja ...

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  13. Já certamente repararam no asfaltamento da estrada ao lado da futura casa da cultura. Se repararam devem ter visto o que eu vi, 4 postes da EDP em plena via. Não queria acreditar, só mesmo na minha terra é que isto podia acontecer. Até podem argumentar com datas de empreiteiros agoram não tapem é os olhos às pessoas. Alcatroar uma estrada com postes da EDP a meio!!!! onde é que isto já se viu!!!!!

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  14. Rascas são todas as TVs, desceram tanto que não há quem as aguente.
    A escumalha que por aí se identifica como RASCA, é uma juventude de grelo na lingua, argolas nas beiças e palitos nos lábios,não tem futuro. Vivem à sombra dos subsídios, ganham hoje logo gastam, amanha logo se ve.
    Sempre que há por ai um festival é ve-los partir de mochila, bebem uns tragos,aspiram um posito, fodem... na lua, mal cheirosos e remelados a vida continua para mais uma dia igual a tantos outros.
    Os papas destes insuficientes laborais vão cedendo, cedendo, na mesada e a vida é o mais do mesmo, repetindo-se.
    Agora armados em arautos da verdade verdadeira, querem destruir o que os seus papas construíram com labor e sacrifício.
    Ungidos pelo NacionalSocialFascista tentam recriar as brigadas tenebrosas de outros tempos,sedentos de vingança trouxeram a guerra e a tragédia humana.
    A rapaziada não passará!

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  15. Eu acho que Raimonda sofre o mesmo problema geral da sociedade: a sobrevalorização das aparências.

    Gostam de bajular os poderes, sejam políticos ou clericais. Se possível em grandes festas, para mostrarem o seu novo carro, ou a nova fatiota da moda e o seu sucesso à novo-rico parolo.

    Sim, são capazes de falar muito de cultura( mesmo que para alguns, isso signifique para muitos couves, batatas e nabos) , associativismo, mas os outros que façam e que tomem a iniciativa.

    Somos uma sociedade cada vez mais egoista, solitária, e se alguém toma a iniciativa para alguma coisa lá aparece a inveja ou a vaidade "pavónica".

    Em Raimonda estamos neste patamar...bem baixo. Temos que crescer muito como povo, para saber dar valor e dinamizar uma casa da cultura. Para o cimento podem crer que aparecerão muitos "cultos", já para dar viva à casa, podem crer que cada um irá egoisticamente para a sua vidinha, pois têm mais com que se preocupar. Cultura? Pffff...

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  16. O problema é mesmo esse, será que temos gente capaz de dinamizar a casa da cultura, ou será só um "afair d'hiver"...

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  17. Pelo menos há um sentimento comum, a vontade em fazer-se algo, é verdade que se essa vontade for aproveitada, haverá gente capaz de dinamizar a futura casa da cultura. Sabendo, todos nós, das dificuldades e limitações da Junta, já aqui referido e que concordo plenamente, porque não criar uma comissão de estudo/acompanhamento, apadrinhada pela Junta, para levar a cabo este projecto, quer de dinamização da casa da cultura como de propagação/programação cultural?

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  18. Sim! porque não uma comissão com gente de valor (Raimonda tem dessa gente) para gerir e dinamizar a cultura em Raimonda. Se assim não for não vejo maneira do projecto ter viabilidade.

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  19. Raimonda tem certamente gente para dinamizar a "casa da cultura", resta saber se alguem lhes dá espaço para tal, ou se os bloqueia com receio de ceder o protagonismo ...

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  20. O Arlindo Arrebita é o homem capaz para lidedar a Casa da Cultura.

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  21. Meus amigos , há um investidor que vai lançar um projecto de Turismo inovador na Raimonda. Para isso basta que chegam a bom porto as negociações para a compra da Quinta do Reguengo.
    è um investimento de 20 milhoes de euros!!!!!

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  22. http://theuglydance.com/?v=otmyciyxfx

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  23. Que tipo de investimento é esse?

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  24. Deve ser um night club com as coelhinhas da Playboy!!!!

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  25. 773056 Entrada:
    14-03-2011
    Distribuição:
    14-03-2011 Autor: Mesmatangente - Topografia Unipessoal, Lda
    Réu: Municipio de Paços de Ferreira 2º Juízo 16509/11.8YIPRT

    Valor:
    162.701,31 € Acção de Processo Ordinário
    transferência Electrónica de Injunção Para Distribuição

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  26. Quem destruiu a credibilidade do País? Quem Mentiu sempre aos Portugueses? Quem Nunca Falou Verdade aos Portugueses? Quem fugiu do País para ser o Moço de Recados a informar que as Contas Públicas estão todas Falseadas? Afinal Sócrates ainda Não Aprendeu o que é Falar Verdade e Ser Sério e Honesto. Tanta Falta de Patriotismo tem este Homem que Vendeu o País à Alemanha e depois vem dizer o quê? Pois é, Sócrates é o Vendilhão de Portugal, foi com Sócrates que as Finanças Públicas ficaram Aldrabadas e os Mais Carenciados ficam ainda Mais Carenciados, Foi Sócrates que Prometeu 150.000 Postos de Trabalho, agora temos 827.600 Desempregados, bom, os Números Falam por si e Sócrates esconde-os para ocultar a sua Incompetência, Hipocrisia e Falsidade

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  27. Boa... concordo em pleno!

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  28. O problema não é apenas Sócrates, mas sim toda a classe politica, e se centramos atençãoes apenas no Sócrates, depois no Passos Coelho e em quem a este suceder não vamos contribuir em nada para a resolução do problema, vamos continuar a alimentar toda a gatunagem que realmente manda neste país. Ou alguém pensa que quem manda no país é o 1º Ministro e o Presidente da Republica?

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  29. Ai a culpa é do Sócrates?

    Aqui se vê que as pessoas não aprendem nada...Então esta crise , a maior dos últimos 80 anos é do Socrates? O Socrates tb tem culpa da crise da Grécia, da Irlanda, da Espanha , da Italia e todos os paises , mesmo a Alemanha,que entraram em grande contenção. Quem não percebe isto, não percebe nada...

    A origem destas crises deveu-se a essa corrente neoliberral que o Passos fedelho pertence, que roubou forte e feio,desde o EUA, o capitalismo selvagem dos Madofs, do sub-prime, etc até à especulação da roleta dos mercados e agora querem-se fazer de salvadores da patria, a mesma tralha que roubou o BPN, tudo tralha social democratica, amigos do CAVACU e que estamos todos a pagar por isso...

    Querem informassem visitem: Camara Corporativa

    Terão uma visão do que realmente se passa...

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  30. A obra do Sr.SILVA e seus compangas do BPN:


    A construção do Centro Cultural de Belém (CCB) foi decidida no início de 1988, com o objetivo de construir de raiz um equipamento que pudesse acolher, em 1992, a presidência portuguesa da União Europeia, permanecendo posteriormente como um forte pólo dinamizador de atividades culturais e de lazer.

    (...) após a derrapagem nos custos de construção do CCB, orçado inicialmente em 32,5 milhões de euros e cujo custo final totalizou os 200 milhões, o Governo de então inflectiu a sua posição sobre a execução do resto do projecto.


    A culpa foi do Sócrates...

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  31. Quando Passos e Eduardo Catroga dizem que nada se passou que justifique este novo PEC e sugerem que estamos perante a prova definitiva de que o governo foi incompetente e de que não confia no OE e na execução orçamental, estão a faltar à verdade da Política de Verdade que dizem representar. O que se passou foi que, na sexta feira, houve uma reunião extraordinária do Eurogrupo, onde se definia parte do futuro da economia portuguesa e no qual havia um conjunto de países que se mostravam irredutíveis quanto à possibilidade de flexibilizar o fundo de estabilização. As medidas anunciadas não se devem a problemas com a execução orçamental, que é a aquela que o PSD conhece: todos os dados conhecidos são positivos. Em relação ao défice de 2011, não há qualquer buraco nas contas portuguesas, como se tem tentado dizer. Há riscos associados à subida dos custos das matérias primas, ao aumento dos custos de financiamento e há estimativas diferentes resultantes de visões mais ou menos optimistas sobre a evolução da economia portuguesa. Neste caso, as contas do governo apontavam para um défice de 4.6% do PIB em 2011; as do BCE e da Comissão um pouco superior. Em face disto, e para garantir que a zona euro acedia a parte das suas pretensões sobre a flexibilização do fundo de estabilidade, o governo português decidiu tomar medidas adicionais que equivalem a 0.8% do PIB. Já em relação às medidas para 2012 e 2013, não se percebe a surpresa: se o défice de 2011 for de 4.6%, como está e esteve sempre previsto, para chegar a 3% em 2012 e 2% em 2013 seriam sempre necessárias novas medidas de austeridade. Se o PSD não concorda com estas, cabe-lhe sugerir alternativas. Não pode é reagir como se não soubesse que 2012 e 2013 implicavam mais austeridade, pois não consta que o défice se reduza sozinho. Mais: no Parlamento, sobretudo na Comissão de Economia e na de Orçamento e Finanças, onde estas matérias têm sido discutidas, o PSD tem sistematicamente alinhado e defendido a narrativa da direita europeia sobre a crise.

    Para além de confrontar o PSD com o facto da sua posição ameaçar destruir o acordo de flexibilização do fundo de estabilização e empurrar Portugal para um modelo de intervenção à Grega ou à Irlandesa, está na hora de trazer a agenda do PPE para o debate político em Portugal e exigir que os seus representantes, CDS e PSD, assumam, de uma vez por todas, que são eles - e não o governo português - os principais responsáveis pela imposição de uma agenda de austeridade a Portugal. Enquanto tal não acontecer, pelo menos à direita, o debate político português continuará a assentar necessariamente numa farsa e numa hipocrisia.’

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  32. o Passos Fedelho quer isto:


    O PSD já não esconde que quer fazer uma coligação com o FMI (bem mais do que com Paulo Portas; infelizmente, este não tem dinheiro). No exacto momento em que a Europa dá um primeiro passo histórico na reunião de 11 de Março no sentido de reduzir a vulnerabilidade de alguns países à pressão dos mercados, e em que o Governo avança com as medidas necessárias para atingir a meta de 2% do défice em 2013, o PSD faz de conta que não é nada com ele – devem ser estes os “responsáveis adultos” a que Portas se referia na sua intervenção dominical.

    Das duas uma: ou Passos Coelho pensava que o défice em 2012 e 2013 acabaria reduzido por obra da Virgem Santíssima, sem quaisquer medidas de política; ou está muito incomodado com o facto de Portugal ter negociado com a Europa um plano que evita a entrada do FMI. Como Passos Coelho não parece, do ponto de vista económico, totalmente desqualificado, a segunda opção é mais realista.

    Talvez valha a pena olhar para a experiência irlandesa: não no que toca aos juros – que já sabemos, não desceram – mas às medidas que o Governo irlandês foi obrigado a inscrever no National Recovery Plan 2011-2014. Recorde-se que, antes do FMI chegar, o governo - que desde 2007, vira o PIB cair 11%, o emprego afundar 13%, e a taxa de desemprego subir de 4,6% para 13,5% - havia implementado cinco (!) pacotes de austeridade, com o objectivo de voltar aos 3% de défice em 2013. Com a chegada do FMI, veio finalmente a bonança, do ponto de vista da austeridade?! Parece que não: o governo irlandês viu-se a braços, em Novembro de 2010, com a obrigação de cortar €15 mil milhões, €6 mil milhões dos quais só em 2011.

    Aqui fica uma amostra das medidas decididas em Novembro de 2010:

    - redução no salário mínimo (de €8.65 para €7.65/hora);
    - redução do subsídio de desemprego e mais medidas de controlo dos beneficiários;
    - redução do emprego no sector público, com o despedimento de 24750 funcionários públicos sobre o valor de 2008, de modo a regressar aos níveis de 2005;
    - redução da massa salarial do sector público em €1,2 mil milhões até 2014;
    - aumento do uso dos instrumentos de mobilidade na administração pública;
    - redução do salário dos funcionários admitidos no futuro em 10%, e com um regime de pensões de reforma menos generoso.
    - introdução de uma dedução específica nas pensionistas do sector público, com o objectivo de poupar €100 milhões;
    - redução das despesas intermédias do Estado em €3 mil milhões;
    - aumento das propinas do ensino superior;
    - alargamento da base de contribuintes que pagam IRS; actualmente, 45% estão isentos (receita arrecadada= €1,9 mil milhões);
    - aumento da tributação sobre as pensões de reforma (= €700 milhões);
    - fim das deduções fiscais (=€755 milhões);
    - aumento do IVA dos actuais 21% para 22% em 2013, e para 23% em 2014 (=€620 milhões);
    - introdução de uma Site Value Tax para financiar serviços locais (= €530 mlihões);
    - aumento gradual do preço do carbono de €15/tonelada para €30/tonelada (= €330 milhões);
    - reforma dos impostos sobre mais-valias (= €145 milhões).

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  33. Jean-Claude Junker, presidente do Eurogrupo:
    As novas medidas de austeridade anunciadas na sexta-feira passada por Teixeira dos Santos são "particularmente ambiciosas" e "vão estimular o potencial económico do país".

    Olli Rehn, comissário europeu dos Assuntos Monetários e Económicos:
    “Portugal merece a confiança dos participantes no mercado pelo progresso conseguido para atingir os objectivos orçamentais e pelos compromissos concretos para a reforma da economia”.

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  34. OCDE — Trajectória da economia portuguesa é de aceleração:

    ‘O indicador avançado da OCDE continua a apontar para uma melhoria progressiva da economia portuguesa, em linha com a da Zona Euro.

    Pelo quinto mês consecutivo, o indicador avançado subiu em Portugal, de 101,8 em Dezembro para 102,1 em Janeiro. Este indicador, calculado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), tenta antecipar, em cerca de seis meses, pontos de inflexão da actividade económica em relação à sua tendência.

    Aplicado ao caso português, a evolução do indicador (a subir desde Setembro último) sugere que a economia volte a expandir-se a partir do final do primeiro trimestre deste ano e acelere moderadamente a partir daí.’

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  35. leiam, pois isto não passa na corjita da nossa comunicação social , dos Balsemões, dos Belmiros, dos Jeronimos, tudo tralha social democratica...

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  36. O sr. Sócrates cumpre muito bem o seu dever, fazendo as vontades do ministro das obras públicas sentado na presidência da Mota-Engil, plantando campus da Justiça por todo o país, antes das eleições, mandando ministros lançar falsas 1ªs pedras de obras de despesa gravosa sobre os contribuintes, fazendo e autorizando todos os dias novas despesas inúteis, supérfluas, não essenciais. A assembleia da república, as câmaras municipais, os ministérios, as regiões autónomas, os governos civis, ninguém de facto economiza no que é mais importante e essencial para reduzir a despesa. Há dias, enquanto o preço base dos combustíveis subia, o governo aumentou de novo os impostos sobre eles, enquanto dizia que ia tomar medidas para baixar os preços..! Isto está a ficar insuportável, e não se aguenta a desonestidade, a incompetência e a insensatez do desgoverno socialista, comandado pelo seu único (i)rresponsável PM. Este país não é para falsos engenheiros.

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  37. Para os defensores do PS só quero lembrar que o Cavaco deixou Portugal com uma divida externa de 7 % e passados 15 anos de socialismo temos uma divida externa de 100 %, o Guterres deixou isto de tanga e depois veio o PSD por 2 anos e apanhou com a porcaria feita pelo PS, tomou medidas que levam 2 a 3 anos anos a ter efeito, um Presidente socialista aproveitou a situação para depor um governo de maioria absoluta e voltou o PS ao poder para nos meter neste pantanal. Repito passados 15 anos de socialismo a divida externa passou de 7 % para 100 %, abram a pestana e não se deixem hipnotizar pelo Socrates.

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  38. Caro Anónimo, esse governo de maioria a que se refere é o do Barroso e do Portas? Não mefaça rir, pelo menos compraram submarinos ... grande ajuda a pensar no défice???

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  39. Estes Xuxas saiem todos ao Padrinho pinóquio! Quando se pensou em comprar submarinos doi com o Governo de Guterres e eram 5 (CINCO), quando esse Governo foi parar ao pantano reduziu para 3 (TRES) !!!!!!! Chega ...? E comprou-se dois!!!
    As parcerias públicas privadas da Xuxaria dava para comprar 200 Submarinos digo 200!!!

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  40. Gostaria de lembrar aos anónimos anteriores, que o maior despesismo nem é no aparelho do Estado, mas nas Camaras Municipais, que estão divididas pelos dois principais partidos. E uma grande parte delas está completamente falida, tal como a nossa, que os fornecedores já não aceitam vender-lhe nem com margens de lucro de 200%.

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  41. Cavaco Silva referiu-se, no ano 2000, às despesas do Estado como um monstro incontornável. Quando o PSD está no poder, o monstro cresce mais, em média, do que quando o PS está no Governo. Quando o PS e o PSD tiveram maioria absoluta, o monstro cresceu menos.

    É assim que começa o texto de Ricardo Reis, hoje no i, que tem como chamada de primeira página: Descubra qual foi o governo que mais gastou nos últimos 24 anos.

    Não se preocupe, não lhe vamos revelar tudo. Só o evidente. A resposta à pergunta da primeira página é: Durão e Santana. Quem haveria de ser?

    Já agora: lembra-se de quem era a Ministra das Finanças de Durão?

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  42. Quando o PSD está no poder, o monstro cresce em média 0,35% por ano, enquanto quando é o PS no poder a despesa cresce apenas 0,25% por ano. Se olharmos só para o efeito do partido no poder na despesa pública para além do efeito das variáveis económicas, então o contributo do PSD para o monstro é ainda maior, o dobro do que o do PS.’

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  43. Olhando para os quatro governos individualmente, o maior aumento na despesa veio durante os governos de Durão Barroso e Santana Lopes: 0,48% por ano. Segue-se-lhe o governo de Cavaco Silva com 0,32%, António Guterres com 0,31%, e por fim José Sócrates com um aumento de apenas 0,14%. Se excluirmos o enorme aumento na despesa no primeiro trimestre de 2009 associado à crise, o governo de José Sócrates e dos ministros Campos e Cunha e Teixeira dos Santos teria a rara distinção de ser o único governo que reduziu o tamanho do monstro, de 21,5% do PIB quando tomou posse para 21% no final de 2008.

    Ricardo Reis, professor na Universidade de Columbia, publicado no i: O consumo público em Portugal. Um olhar desde 1985.

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  44. Há muita maneira de aldrabar as contas! Uma delas é vender património e depois alugá-lo ! Isso que este fez , e as futuras geraçõe s vão sentir na pele. E outra coisa não confundir a divida externa com défice

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  45. A divida externa disparou, para pagarmos as trafulhices dos BPNs, da tralha do PSD e dos seus corruptos acólitos, toda a tralha cavaquista.

    Ainda devido à crise internacional, provocada mais uma vez, pela tralha liberal que o PSD faz parte, obrigou os governos a tomarem medidas adicionais, como quando se gerou o panico com a falencia de bancos, obrigando Portugal e muitos outros a injectar dinheiro, para que as pessoas não entrassem em pânico e torna-se tudo mais difícil. Além disso, ainda temos que pagar os corruptos negócios dos submarinos da coligação PP/PSD que agora quer voltar.

    É preciso uma paciência de chines para aturar esta gentinha.

    Então eles até preferem o FMI, que vem aí com medidas 1000 vezes mais dificeis para o país, do que as que o Socrates está a propor...ou seja, que raça de políticos de sarjeta temos? Que colocam o interessa pessoal, para além do interesse nacional?

    Ou acham que o Socrates está a tomar estas medidas duras, mas longe das que o FMI trará, para subir nas sondagens?

    Só há um partido lúcido, objectivo e defensor de Portugal que se chama PS.

    Actual direcção do PSD, não passam de putos irresponsáveis, os tais fachos , com um boa vida, que colocam a sua vaidade e desejo pelo poder a qualquer preço.

    Um tralha.

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  46. PSD-FMI

    Não sabemos se o actual Presidente da República admite que estamos integrados na governação europeia, ou sequer se tem consciência de que pertencemos ao continente chamado Europa tendo em conta que considera serem os problemas económicos de Portugal da exclusiva causalidade do Governo, mas sabemos que no dia 9 de Março de 2011, ao assumir o seu novo mandato, disse o seguinte urbi et orbi:

    Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos.

    Este frase resultou de um processo de consultas, durante o mês de Fevereiro, que levou a Belém todos os mais altos responsáveis pelas contas e políticas nacionais; incluindo um senhor chamado Durão Barroso, outrora visita dos conselhos de ministros do professor Anibal, que, embora não directamente ligado ao País, tem o País directamente ligado à entidade que chefia. Acrescente-se a esta recolha o somatório das reuniões semanais com o Primeiro-Ministro ao longo dos últimos anos e ainda o prestimoso trabalho de recolha de informações que os elementos da Casa Civil efectuam sem descanso nem temor, como o provam os dossiers entretanto organizados acerca dos mais variados assuntos e personalidades. Ora, deste homérico levantamento a respeito dos desafios cá do burgo nasceu um comício na tomada de posse, freneticamente aplaudido pela direita parlamentar. Nesse comício foi apresentado o programa e as linhas ideológicas do que o Presidente da República quer que o seu futuro Governo implemente. E ainda deixou o interdito de se continuar a tentar reduzir o défice com mais medidas de austeridade, na prática desautorizando o actual Governo e suas negociações com os parceiros europeus para encontrar uma solução que defenda os interesses nacionais.

    Se juntarmos todos estes factos à campanha permanente para deturpar qualquer dos resultados positivos que possam ser associados às opções de Sócrates e sua incessante procura de saídas para um problema que não criou, temos de reconhecer que existe em Portugal um novo partido: o PSD-FMI. É um partido bicéfalo, com dois presidentes e uma tragédia provável: a mistura do infantilismo com a senilidade.

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  47. Destaco:

    Existe em Portugal um novo partido: o PSD-FMI. É um partido bicéfalo, com dois presidentes e uma tragédia provável: a mistura do infantilismo com a senilidade.

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  48. Notícias que não vemos nos pasquins da tralha PSD:


    Desempregados continuam a diminuir, menos -7,9% entre os jovens

    IEFP:

    O número de desempregados inscritos nos centros de desempregos voltou a diminuir em Fevereiro. Foram -1% que no més homólogo e -0,3% face ao mês anterior. Especialmente forte foi a diminuição nos desempregados com menos de 25 anos, onhe houve uma redução de 79% face a 2010.

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  49. Comissão Europeia contraria PSD sobre dia de apresentação do PEC


    A Comissão Europeia divulgou uma nota que contraria as declarações produzidas sábado de manhã pela vice-presidente do PSD, Paula Teixeira da Cruz, sobre o dia em que Bruxelas foi informada sobre novo Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).

    Segundo nota da Comissão, o Governo português apenas comunicou as medidas do PEC IV no dia 11 de Março às 10:54, sublinhando-se também que comunicação conjunta feita pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu foi feita às 23:00 (hora de Bruxelas) desse mesmo dia e não na véspera, como Paula Teixeira da Cruz adiantou.

    A Comissão divulgou ainda, «a pedido do Governo português», o teor da carta enviada pelo primeiro-ministro, José Sócrates, ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, na sexta-feira, dia 11 de Março, às 10:54.

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  50. Isto reforça modo como alguns querem fazer politica em Portugal...

    mas não é o importante...

    o importantes é termos hipoteses de termos tempo para melhorar scores das nossas economias e finanças

    e haver uns garotos a brincarem aos relogios e às horas...

    prostituta de sorte a nossa!!!

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  51. O défice e o endividamento externo são, de facto, dos principais desequilíbrios económicos do país. Mas, ao contrário do que se apregoa, não são responsabilidade do Estado, são do país como um todo: 50 por cento da dívida externa portuguesa diz respeito a financiamento que os nossos bancos obtiveram para conceder empréstimos às famílias para adquirir casa ou às empresas para investir. E são um desafio estrutural que tem de ser corrigido de forma estrutural.

    É por isso que uma aposta na internacionalização (aumento de exportações) e redução da dependência energética (quase 50 por cento do défice de bens e serviços diz respeito à dependência energética) são determinantes. Pensar que se corrige o endividamento externo de outra forma é uma falácia — provoca-se uma crise e uma recessão sem que se atinjam as causas estruturais do défice.

    Por outro lado, referir o peso do Estado em si como um problema é claramente demagógico. Não há nenhuma teoria que aponte uma dimensão óptima do Estado. Há países com um Estado muito maior que o português e que registam níveis de crescimento elevados e há países com um Estado muito mais fraco e que revelam níveis de crescimento muito fracos.

    Na actual crise, aliás, muitos dos países que eram apontados como exemplo por terem Estados diminutos são dos que estão a sofrer mais na crise actual, não tendo instrumentos para proteger os cidadãos e as empresas.

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  52. Este último anónimo que tem vindo a inundar o blogue está no espaço errado, política nacional não! obrigado.

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  53. Na última assembleia de freguesia de 15-04-11 foi discutido a questão da casa da cultura. A Junta pos a votação um projecto em que o membros do PS se abstiveram, e muito bem, porque não quiseram hipotecar o projecto mas também não queria votar em branco isto porque não foram fornecido dados. Só lhes era pedido para votar mais nada!!! Enfim o costume!!!

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